quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Cada Um Tem a Gêmea que Merece


Um desses filmes onde algo de fora (um parente, uma babá, um animal) chega pra virar a rotina da família de cabeça pra baixo. Aqui, Jack (Adam Sandler) recebe a visita da irmã gêmea Jill que ele odeia, que é completamente desastrada, sem modos, ignorante, mas que no fim as crianças adoram e acaba trazendo uma espécie de alegria pra casa.

Filmes do Adam Sandler são geralmente irregulares, cheios de piadas de mau gosto e outras simplesmente fracas, mas no geral valem a pena por causa de alguns bons momentos que compensam as piadas constrangedoras. Não é o caso desse filme.

Pra mim o principal problema aqui é que Jill é muito mais desagradável do que agradável - ela chega e atrapalha a vida do irmão que estava perfeitamente bem antes (se ela tivesse entrando numa casa extremamente regrada, tradicional, ou esnobe, o filme teria um outro sentido, pois o alvo do humor seriam essas convenções chatas e ela estaria transformando a família pra melhor).

Além disso, não se trata de uma comédia de disfarce do tipo As Branquelas, onde a graça vem da reação das pessoas ao verem patricinhas agindo como trogloditas. Jill, apesar de interpretada por Sandler, não é um homem disfarçado de mulher na história - ela é de fato uma mulher sem educação, portanto quando ela se comporta de maneira grosseira, o significado da piada é completamente diferente.

Há momentos divertidos de Jill, mas o foco principal é no negativo - em Jill constrangendo o irmão com sua falta de educação (num filme como As Branquelas, por exemplo, o foco é no positivo - nas falsas patricinhas fazendo coisas surpreendentes e se tornando muito mais verdadeiras e divertidas que as originais).

Enfim, a intenção parecia boa, mas Sandler dá tiro pra todo lado fazendo todo tipo de palhaçada sem parecer se importar com o alvo das piadas.

Jack and Jill (EUA / 2011 / 91 min / Dennis Dugan)

INDICAÇÃO: Quem gostou de Norbit, A Casa das Coelhinhas, Zohan - O Agente Bom de Corte.

NOTA: 4.0

Um comentário:

renatocinema disse...

Corro desse filme.

Nem no carnaval.